Um fórum para que todos possam opinar sobre os temas que estão por ai, nas redes sociais, na tv, em toda parte, escondidos na mesmice do "curti" ou ainda nas palavras-frases, que simplificam o pensamento.
domingo, 18 de outubro de 2015
Discordo Ponto Com: Déjà Vu
Discordo Ponto Com: Déjà Vu: Convivíamos com um contínuo mal estar que evoluía para intensa angústia, diuturnamente. Quando tudo parecia bem – por que nada estava, mera...
Déjà Vu
Convivíamos com um contínuo mal estar que
evoluía para intensa angústia, diuturnamente. Quando tudo parecia bem – por que
nada estava, meramente parecia estar – bastava uma pequena lembrança, um átimo
de tempo e éramos soterrados naquele estado mental de indignação e revolta.
Doloroso estado de revolta. Insuportável e inescapável indignação.
E vieram os mais brandos que os terríveis anos
de chumbo: Araguaia caída, mas agora não era mais necessário esperar por sua
capitulação. Wladimir Herzog, capaz de perturbar o sono do mais alienado
direitista, era fato consumado. E uma mulher que chorava como dobravam os sinos
era sonora e bela melodia e jamais ouviríamos a cantilena melancólica de Chico
Buarque sem chorar.
Em segredo, outras tantas dores, mortes
silenciosas, expectativa de milagres e esperança de liberdade. Meus anos de
juventude foram assim.
E demorei para perceber, malgrado
presidentes intragáveis, que vivíamos numa democracia. Meus filhos eram
crianças, ficaram jovens, por fim adultos e mesmo com o atraso ordinário desse
gigante que não desperta, havia a fé inabalável em dias melhores. Bem, que dias
melhores se insinuaram em liberdade, com eleições regulares e decepções de
praxe, era assim. Mas, à sombra da falta eficiência, da falta de agilidade, de
retrocessos gerenciais que, contudo não destruíam de todo o sonho, ainda
sobrevinha a ideia de que, calma estamos chegando.
Nunca mais a menosvalia dos desmandos, das
falas hipócritas de generais alinhados aos seus próprios interesses; nunca mais
a angústia dos olhares perplexos, na rua, na praça, na padaria, quando notícias
falsas estalavam em nossos tímpanos sem que pudéssemos sequer contestar ou
quando manchetes estampadas desafiavam nossos olhares desconfiados: chega,
acabou! Agora teremos liberdade, democracia.
De repente, em meio ao caos, viramos
fiscal do governo, esperança, saímos às ruas de cara pintadas, esperança,
convivemos com 5000% de inflação, mas sobrevivia a esperança. Tantos dígitos,
mãe? Sim! Zeros foram cortados apenas para que calculadoras de mão dessem conta
das contas. A residente e resistente esperança seguia alicerçada na
confiança de nosso futuro sem a tutela do Estado opressor, tutor, censor e –
por que não dizer? – criminoso.
Hoje não é constrangedor confessar: jamais
votei em Lula, mas preciso reconhecer: acreditei nele. Vou dar um salto, que
afinal não há brasileiro que ignore o que, enfim, foi e está sendo o reinado
petista: ampla escória, com seus vassalos acastelados e calados pelo famoso vil
metal. Status estabelecidos, feudo
posto, sobrou para nós, chusma exausta, sermos os servos de imensa e inútil
casta e entregarmos a ela 40% de nossa produção para que possa, agir com a extraordinária
prodigalidade. O Estado ainda não mostrou ser assassino, mas é criminoso e
voraz vampiro do sangue de uma nação. E nada de contrapartida. Menos ainda
justiça social. Somente a cotidiana recepção dos mais escabrosos, escandalosos,
sujos e espúrios escândalos que parecem não ter fim, nos expondo a nova
ditadura: A ditadura do conchavo.
O Estado brasileiro mostra que sobrevivemos
acéfalos, que não há um só membro imprescindível neste detestável e
incompetente partido, não há um só membro confiável neste farfalhar de
discursos falsos, lidos com eloquência ensaiada e vazia.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
INTOLERANTES, AGORA SOMOS TODOS INTOLERANTES
Que me espanta, espanta, saber que ainda existem brasileiros defendendo Lula, Dilma, seus governos e seus aliados. Mas, mais ainda me espanta são teses estapafúrdias, às vezes ingênuas, tolas ou, pior, muitas vergonhosamente desonestas, que lançam em defesa do que ai está posto e que afronta 90% dos brasileiros, sendo boazinha.
A mais surrada é a de Golpe. Mas esta, já era, nem é preciso
mais desmontar, a tese apodreceu a fatos abertos. E só pra resumir: a
legitimidade de um cargo eletivo não está apenas na sua eleição, pelo voto, mas
no exercício do mandato. Pelo mesmo mecanismo que lhe confere o cargo, o
diploma, é também possível cassa-lo: a lei, a Constituição. Portanto, não há
golpe em curso.
Outra bobagem flagrante é que estão nas ruas a direita
reacionária que quer a volta dos militares, ou a chamada elite branca com suas
panelas gourmets (nem sei o que isso significa), nas varandas dos Jardins. Nem 0,5%
dos brasileiros dos grandes centros
querem militares de volta. Essa inexpressiva parcela da população agora está levando
seu recado para o mundo! Artificialidade e boçalidade dão por encerrada esta
tese tosca.
E por ai vai, já que nenhuma prospera. O que ninguém
observou claramente, é que quem vai às ruas é a classe média, a abominável
classe média de Marilena Chauí (ela deve ter arrependimento mortal de sua fala,
que enterrou sua fama de intelectual), quiçá boa parte da IMENSA classe média
de Dilma (aquela que ganha de 700 a 1200 por mês).
Mas eu estou perplexa mesmo com a última tese, já presente
na fala de alguns ministros. Eles não saem de uma entrevistinha qualquer sem
lança-la: a tese da INTOLERÂNCIA. Lá vem o termo com jeitão de politicamente
correto, com seus arautos posando, por cima, de democráticos, como se o termo
fosse um valor em si. Pra variar um engano, outro.
Para começar TOLERAR é um termo inequívoco e significa ter
paciência, suportar com indulgência. Tolerar também carrega o significado de
admitir, dar tácito consentimento.
Ora, como podemos suportar com indulgência? Ou ainda, dar
tácito consentimento a tudo que assistimos, perplexos, todos os dias desde o
MENSALÃO, há dez anos? Só há uma forma de dizer não a isso tudo. Indo às ruas. Nós,
brasileiros não somos por essência, mas ESTAMOS INTOLERANTES, sim e desculpem a
liberdade sintática. Mas, de fato, ESTAMOS INTOLERANTES.
Intolerantes com a corrupção claramente posta, mas que não atinge seus mandatários;
Intolerantes com a crise econômica avassaladora que é resultado exclusivo de uma política
econômica irresponsável, equivocada e, ademais, recheada de mentiras;
Intolerantes com a quebra da PETROBRÁS e sua total
desvalorização por ter sido simplesmente assaltada por uma quadrilha;
Intolerantes em ter clareza que esta quadrilha não é formada
apenas por mega empresários, altos funcionários da estatal e políticos de
segundo escalão e até mesmo do chamado baixo clero;
Intolerantes com o uso da máquina pública para a perpetuação no poder com
flagrantes efeitos nos resultados dos pleitos;
Intolerantes com os serviços de Saúde caóticos, hospitais
sem leitos ou médicos desmentindo a publicidade escandalosa;
Intolerantes com Programas de Saúde como o Mais Médicos que
ainda expõe, ademais sua ineficiência, a
face criminosa de um Regime que fornece ao profissional (aqui o médico), apenas
20% do valor pago por seus serviços;
Intolerantes, de como uma escandalosa contratação de Médicos permanece
sem que nenhuma Instituição (como
Ministério Público ou a Ordem dos Advogados do Brasil) enfrente e desmantele;
Intolerantes com a Pátria Educadora que se firma na estrada
a publicidade para enganar o povo e perpetuar a ignorância;
Intolerantes com o uso do dinheiro dos pagadores de impostos
e que carrega a absurda proporção de 75% dos recursos sendo usados na
MANUTENÇÃO DO ESTADO e Previdência Social e o restante para TODO o resto.
Intolerantes, aliás, com o tamanho do Estado que transformou
o brasileiro em SERVO dos Senhores dos Castelos do Planalto Central, na
reprodução perversa do sistema econômico medieval;
Intolerantes com a carga tributária que ainda pretende ser
maior;
Intolerantes com o governo perdulário que torra o dinheiro
dos pagadores de impostos na mais escandalosa e flagrante apropriação indébita.
Eis senhores Ministros, nossa intolerância, acrescentando
aqui uma visceral intolerância ao PIXULECO.
domingo, 3 de maio de 2015
Ainda há o que dizer sobre o confronto do Paraná
Uma jornalista –
segundo li da Globo – escreveu um texto dito ponderado sobre o tema. Não
consegui achar seu nome que esqueci, no dia seguinte que li seu texto, que ficou ali, implorando umas respostas. Terei de cita-la fora do contexto e sem citar seu nome. Mas não serei deselegante, podem acreditar. Desculpem minha falha... Se podem desculpar o JN,
por que não eu que terei poucos leitores?
Antes, pulemos a conversa sobre aqueles que pensam que, quem se
colocou contra os blacks e os mascarados são os que ENDOSSAM a violência policial, estão CONTRA
os professores ou, não podia faltar esta, são tucanos defendendo o governador
do estado do Paraná. Nada disso. A violência foi deplorável. Houve excessos,
feridos, sangues. E eu não precisaria dizer que sou contra a violência.
E vamos ao que interessa: é preciso observar que este movimento
não é exatamente o primor de respeito à lei e aos princípios democráticos – que
possibilitam, inclusive, que se possa fazer a greve, manifestar-se. E menos
ainda que estivessem presentes “alguns infiltrados”, “alguns provocadores”,
como escreveu a jornalista – cujo nome não me recordo, repito - em seu introito.
Mentira: estava coalhado de provocadores, aliás, vamos deixar claro
também que não eram meros provocadores, menos ainda “infiltrados”. Nenhum
desses termos reflete a realidade, são eufemismos para aqueles que ali estavam
– muitos deles mascarados – previamente admitidos para o confronto. E este, de
fato, é um dos pontos cruciais desse debate que não cessa: Não é aceitável que
um movimento DE PROFESSORES permita em suas fileiras mascarados, provocadores
trazendo estilingues, pedras e paus. Era necessária a clara premissa que todo o
processo seria pacífico. Qual é o propósito de ir a uma manifestação com paus e
pedras nos bolsos? Dialogar? Além disso, havia barracas fabricando coquetéis
molotov, ali, na hora, e entregues como se fosse pão quente.
Admitir a fabriqueta comandada por pessoas que incitavam a outras
a pegarem os recém-fabricados coquetéis molotov para atirar contra a polícia é
atitude de professor? Se isso não é um confronto, é o quê? Um convite ao
diálogo?
Vão dizer: ah, mas isso só seria usado caso a Polícia os
confrontasse. Coquetéis Molotov preventivos? Falácia facilmente determinada,
afinal, a polícia estava ali exatamente por reconhecer o risco eminente do
confronto. Confronto violento, assinado pelos coquetéis molotov, faça-me o
favor! Deveriam, isso sim exibir suas canetas, quem sabe bandeiras verdes,
amarelas, brancas. Falta o que aos professores? Inteligência? Argumentos?
Criatividade?
À jornalista que pondera de modo mais moderado que o usual sobre
todos os episódios, gostaria de expor mais algumas considerações.
A primeira, sobre o fato da Assembleia – sem acento – ter sido fechada:
Sim, diz em seu texto, esta é a casa do povo e não o castelo das autoridades. O
estilo neste caso não serve ao real. A Assembleia foi fechada preventivamente,
vetada sim, a entrada dos professores, por ordem da mesma justiça que
determinou a ilegalidade da greve.
E por quê? Para quem não sabe por que em fevereiro este mesmo
grupo e este mesmo sindicato invadiram e depredaram a Assembleia, ameaçaram
parlamentares e, agravante, o Sindicato (APP) já expressava a pretensão de um
novo cerco e nova invasão. E quem é que não viu os diversos vídeos mostrando
“professores” tentando quebrar as grades da Assembleia? Para quem não viu segue
ao final do texto, os links de alguns vídeos bem eloquentes em relação ao
comportamento dos grevistas.
Mais fatos, para entendermos o que houve:
Sucessivas negociações acerca das alterações no Sistema de
Previdência do Estado foram feitas sem alcançar os resultados esperados pelo
sindicato que representa os professores. E entramos no primeiro túnel: este
Sindicato é um braço do PT, ligado à CUT – nem precisamos combinar que fica
fácil concluir que o componente político da greve está claramente posto. Não há
causa trabalhista para a greve (os salários do Paraná estão entre os mais altos
do país), nem qualquer outra razão - a questão das aposentadorias, resume-se ao
maior impasse de todo sistema previdenciário: ou se faz uma reforma ou todo o
sistema vai quebrar. Em 15 anos estará sem recursos para pagar apenas os
beneficiários dos próximos 5 anos, que dirá de todos. Aliás: a Cut e o PT
deviam fazer igual reclamação em relação ao prejuízo causado por má gestão aos
fundos de pensão dos Correios que estão, inclusive desejosos de transferir para
TODO nós, pagadores de impostos, a conta.
Mas não pretendo discutir as medidas, as mudanças, deixemos este
embate para os políticos e economistas. Mas, é bom lembrar que elegemos os
políticos com a prerrogativa de agir em nosso nome, também nesses casos e numa
democracia devemos apenas e tão somente nos submeter a tais decisões, a menos
que firam a lei.
Mas, sem acordo entre governo e sindicato, foi convocada
novamente a greve. E esta foi declarada ilegal pela justiça – é, numa
democracia a justiça tem este poder. A lei de Greve foi votada também por
nossos representantes, no entanto os professores e seu Sindicato ignoraram a
decretação da ilegalidade da greve.
E isso é aceitável? Então é assim? A justiça julga ilegal uma
greve e sou impedido de fazer greve? Bem, devo advertir a quem ignora o fato
que sim, a justiça pode julgar ilegal uma greve e ela não poderá continuar e,
em se continuando, pagará o Sindicato, multa estabelecida na mesma sentença.
E o que temos, afinal? Um grupo que descumpre uma decisão da
justiça, prejudicando inclusive crianças e jovens, já que a greve pune
exatamente estes, num país onde a educação está à beira do colapso. E pode? E
quando forem os médicos? Pode também? E se forem os metroviários? Pode? Se
forem lixeiros? Pode? É preciso ser ingênuo para defender essa possibilidade. E
já estamos falando aqui de transgressão.
Bem, e quanto aos cães? Há muita indignação e posições contrárias
ao uso de cães pela polícia. Eu indago: E pode a polícia soltar os cachorros
sobre pacíficos grevistas?
É, não pode. Menos ainda defenderei aqui o policial que falhou
em segurar devidamente o BitBul que atacou o cinegrafista. Mas, quem viu o
vídeo viu também que não foi deliberado, e sim um acidente. A jornalista
afirmou que os policiais soltaram os pitbulls sobre as pessoas. Não vi isso em
nenhum vídeo e evidentemente este seria um excesso a ser punido com rigor. Mas
os cães, que se sabe, são usados para que as pessoas não se aproximem dos
policiais e não para ataca-las.
Mas dai a afirmar que um policial com pitbul não pode estar bem
intencionado configura inferência ou mera digressão. Nada a dizer.
Também é preciso reiterar que a Polícia tem como função precípua
a manutenção da ordem e detém também, pela lei, o monopólio do uso da força.
Virou reacionária, Roxana, defendendo a polícia agressiva,
violenta, corrupta? Claro que não. Mas defendo sim, suas funções precípuas. E
sou tão reacionária quanto Voltaire: “Para que um governo não tenha o direito
de punir erros dos homens é necessário que esses erros não sejam crimes. Os
erros somente são crimes quando perturbam a sociedade. Eles perturbam a sociedade
desde que inspirem fanatismos: é preciso, portanto, que os homens comecem por
deixar de ser fanáticos a fim de merecer a tolerância.” (Tratado sobre a
Tolerância). Li hoje, por coincidência. Capítulo XVIII pg 96, edição de Bolso
L&PM.
Perturbação da ordem é a mínima pretensão de um movimento que
leva pessoas com paus e pedras – não podem levar armas de fogo que ai é cana
certa – e estabelece uma fabriqueta de coquetel molotov no local. A menos que
assassinemos a lógica, não podemos chamar esse movimento de pacífico.
Reacionária, positivista, ideóloga do progresso, etc, até de
nazista já me chamaram. Mas são as leviandades oriundas da falta de argumento.
A paz pública é bem de todos e para mantê-la a mesma sentença
determinou que a força policial se posicionasse em torno da Assembleia, com
seus cães, com seus frascos de pimenta e suas bombas de “efeito moral” (SIC) –
detesto este outro eufemismo. E polícia é posta nas ruas para dialogar? Não. A
etapa do diálogo estava superada. Houve diálogo, mas não houve resultado. Quem
são os culpados pela ausência de consenso? Francamente? Não sei. Posso intuir,
mas não sei.
Mas a força policial foi desproporcional, Roxana, você não viu? Bem,
não sei dizer qual a proporção de forças seja adequada a um grupo que porta
pequenas bombas caseiras.
Afirma ainda a jornalista que não se atacam manifestantes, ainda
por cima professores, com a ferocidade usada pela polícia do Paraná. Observemos
uma frase que expressa uma verdade e que precisa ser lida também em sua
sublinha: “ainda mais professores”. Por que faço este destaque? Por que
professores, presumivelmente, são pacíficos. Não saem quebrando e invadindo
prédios, não saem com paus e pedras em seus bolsos, menos ainda jogando
coquetéis molotov por ai. Mas, claro está e a polícia já sabia que não eram
professores, mas sim um grupo disposto a quebrar, jogar pedras, confrontar.
Confrontar a polícia em qualquer lugar do mundo dá exatamente o que se deu. A
Polícia vai agir para eliminar o problema, cumprindo ordens.
Gosto disso? Não gosto, mas não gosto mesmo. Mas são fatos que
jamais devem ser ignorados, menos ainda por professores, conhecedores desses
fenômenos. E acho que devem ser investigados e punidos toodos os excessos
praticados pelos dois lados do confronto.
E em mim ecoa certo horror admitir que sim, havia professores e
sim, estavam dispostos ao confronto. (Michaelis
sig – confrontar – vtd – pôr-se defronte reciprocamente).
Faltou ainda discutir uma tese inefável, na acepção não
relacionada ao divino do termo. Diz a jornalista que os professores e seus
sindicatos andam em má companhia (SIC) por que há
décadas a profissão vem sendo sistematicamente sucateada no Brasil – e diz
mais: se fosse professora também sairia quebrando tudo por ai. Não duvido, há
muita gente que reconhece legitimidade nesses atos.
Mas,
por partes. Em primeiro lugar há um erro antológico nesta afirmativa:
professores ganham mal desde os mais remotos tempos. Na Grécia Antiga sequer
recebiam por seu trabalho, por seus ensinamentos, considerado – e quantas vezes
já ouvimos isso? – um sacerdócio. No Brasil restou o ranço dos tempos de
Colônia, da sociedade agrária com a educação considerada desnecessária para
quem ia apenas plantar e colher, explorar minerais, etc. A educação era
praticamente um ornamento. Como essas fórmulas se reproduzem ou pior, mantem-se
no viés dos planos, dos processos, chegamos ao século XXI com os professores,
particularmente aqueles que escolhem o ensino público para lecionar, com sua
carreira reduzida a péssimas condições e salários bem abaixo do esperado. E
naturalmente saber isso não representa aceitar tal modelo. E é necessário
realmente haver contínua mobilização da classe para melhorias e deixo pra lá
este discurso que não ultrapassa o óbvio, do posto, do sabido.
No
entanto, o que mais chama minha atenção na questão do professor, especialmente
nesse confronto de Curitiba, que, ninguém parece compreender, é esta categoria,
que representa conhecimento, que deve representar a vanguarda dos processos e
das ações transformadoras, que está intimamente ligada à ética e licitude de
suas ações submeter-se a tutela de um sindicato que impõe força, premissas
falsas, motivações politicas em suas manifestações, denegrindo-as,
desqualificando-as. Os gregos conheciam a natureza das coisas e afirmavam algo
que o prof. Clóvis de Barros resume em divertidas falas: a borboleta
borboleteia, o vento venteia, o ar areia. E eu sou obrigada a pronunciar uma
novidade: a polícia policeia. Professores, devolvam aos seus movimentos
clareza, mãos limpas, braços abertos e não haverá polícia, não haverá cães, não
haverá spray de pimenta, não haverá coquetéis molotov, paus, pedras,
estilingues. Apenas o apoio de seus pares – que anda baixo – e poderiam
angariar mais, talvez até dos estudantes e seus pais. Ou, legado deste
movimento será, no mínimo, a controvérsia. Perderam os professores, a unânime
aprovação de seus atos e na sequência, o vigor de seus discursos.
terça-feira, 10 de março de 2015
Discordo Ponto Com: A classe média... ora uma abominação cognitiva, or...
Discordo Ponto Com: A classe média... ora uma abominação cognitiva, or...: Diante da perplexidade geral que tem aturdido, recentemente, os próprios petistas, deixando-os ainda mais incompreensíveis, prosperam, e ag...
A classe média... ora uma abominação cognitiva, ora mais exigente
Diante da
perplexidade geral que tem aturdido, recentemente, os próprios petistas,
deixando-os ainda mais incompreensíveis, prosperam, e agora serei bem educada, teses marotas. Uma delas vem sendo semeada pelo próprio PT e seus interlocutores: a de que o povo,
alçado à classe média, estaria mais exigente.
Na tentativa
de explanar, explicar ou aprofundar esta premissa surge rapidamente o logro:
significaria que o governo brasileiro SEMPRE FOI ASSIM, enxovalhado de desmando, corrupção,
ineficiência, incompetência administrativa, tentativas sistemáticas de golpes à
liberdade de imprensa, e o povo era somente... Menos exigente? Bingo!
Esta é a tese obscena que pipoca em pequenas crônicas, falas de um e de lá, enviesada naqueles famosos drops que a imprensa lança com o propósito de informar. Mas agora, francamente, alçou o território sóbrio do Supremo e, portanto, gradua-se em gravidade.
Esta é a tese obscena que pipoca em pequenas crônicas, falas de um e de lá, enviesada naqueles famosos drops que a imprensa lança com o propósito de informar. Mas agora, francamente, alçou o território sóbrio do Supremo e, portanto, gradua-se em gravidade.
Pode
não ser intencional, mas o governo foi socorrido pela revista Época ao entrevistar o Ministro do Supremo, Luís Roberto Barroso (Época 23 fev 2015). E este, para explicar a crise
que abarca, sem reserva, 3 eixos fundamentais em um país, econômico, político e
social, apregoa que o brasileiro está “descontente” por que se tornou mais exigente. Esta resposta me remete às declarações dos
presidentes da Ditadura Militar que afirmavam, em meio às passeatas, convulsão
social, sequestro de embaixadores e o pau comendo nos porões do Estado, que
vivíamos uma vibrante democracia com economia em expansão. Foi o tal “milagre
brasileiro”, composto por seus artificies com retórica irretocável.
E ai estão
as aspas, da fala do Ministro: “O Brasil está vivendo uma crise de
amadurecimento. Decorre de uma cidadania que se tornou mais consciente, mais
exigente e, de certa forma, mais participativa. E isso é bom. O problema é que
as Instituições e os serviços públicos ainda não conseguiram se ajustar
adequadamente a essas novas demandas.”
Ai ai ai,
ai. A frase é escandalosamente
eufemística e eu não desejo faltar com o respeito ao Ministro, mas devo acrescentar que "crise de amadurecimento" pertence ao um tipo de exagero retórico cujo paradoxismo ao contrário da intenção, o desmancha. E, ainda desprezando a consideração de que seria necessário mero ajuste dos
serviços públicos às NOVAS demandas do povo, considero escandaloso insinuar que
esta patifaria reinante em 12 anos do PT no governo Federal (o mensalão foi
denunciado há 10 anos, ou seja, logo no início do governo Lula) sempre existiu,
apenas o povo não via, era “menos exigente" com a conduta de seus governantes. Além
da piada de péssimo gosto, um autêntico golpe no nexo, na análise
dos fatos. Baixo.
Assim,
pensemos pela mente petista tão bem representada na tese do Ministro, além dos
escândalos, da corrupção desenfreada, o brasileiro ainda deve acatar a pecha de que sempre foi um grande bocó de argola e só agora que emergiu para a classe média
com a mesma renda – 400 a 1200/mês – esteja atenta para seus direitos de
espernear.
Eu não sei
do que reclamam o PT e o petismo em relação à mídia golpista, incluindo na
revolta, a comando, naturalmente, a complacente Rede Globo. Não devem se
ressentir com este gigantesco conglomerado da comunicação, pois ele é, isso
sim, um dos últimos, mas ainda forte, aliado do proselitismo político praticado
nas frestas, nas entrelinhas de enunciados desenvolvidos e publicados por uma
teia de jornalistas contentes.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Oscar vai para Birdman e eu? Discordo completamente!
Fui entusiasmada assisti-lo. As críticas foram tão generosas, até dos supostamente severos críticos que raramente dão... cinco estrelas (REVISTA VEJA, POR EX) que, mesmo não sendo seduzida pelo tema, perdoem a repetição, fui entusiasmada.
Também fiquei impressionadíssima com os planos sequência longos e suas intenções, a precisão sonora, closes deliberadamente exagerados e o que de mais restou ao filme para ser elogidiadíssimo quanto às suas opções estéticas. Interpretações bacaninhas, como sempre no cinema norte americano mais caprichado e descolado, e, pronto acabou. Nada mais me encantou. O suportável ficou por conta das mencionadas qualidades que, afinal, permearam todo o filme. De resto achei uma chatice inigualável, só comparável a alguns Glauber Rocha e este, sem o rigor estético do mexicano Alejandro Gonzalez Inarritu. Aliás, a favor do filme, a direção. De tudo que ali reinava a direção se sobrepôs, e como num milagre, transformou roteiro manjadíssimo e texto chato, num filme tido como culto e aclamado.
A história chega ao sentimentalismo das novelas brasileiras, adereçada, como numa escola de samba, por exageradas e inverossímeis crises existenciais dos personagens. Algumas liberalidades morais tentam nos surpreender, mas francamente, no Brasil do funk alcançam, quando muito, a esfera moral de 1920. Todas as raras piadinhas para sorrir com o canto dos lábios naufragaram. Os diálogos fracos foram pontuando os minutos sem um mísero destaque - e salvos pelos belos planos sequência. Eu me senti como se tivessem penetrado naquele teatro e fosse obrigada a ficar ali, entre malas sem alças, sem direito a intervenção! Os conflitos risíveis - incerta jornalista, crítica de arte de certo jornal, então afirma, sem qualquer pretexto que vai destruir a peça. Se não é necessária razão para um conflito que depois se mostrou essencial, surge então outro recurso de novelão: mero gancho.
Pretensioso ao ponto de enganar os olhos, ouvidos e entendimentos mais sofisticados, inclusive dos críticos que não cansam de elogia-lo, trata-se apenas de uma esquecível chatice. Incautos ainda o assistirão, mas sobre teatro, melhor o teatro.
Também fiquei impressionadíssima com os planos sequência longos e suas intenções, a precisão sonora, closes deliberadamente exagerados e o que de mais restou ao filme para ser elogidiadíssimo quanto às suas opções estéticas. Interpretações bacaninhas, como sempre no cinema norte americano mais caprichado e descolado, e, pronto acabou. Nada mais me encantou. O suportável ficou por conta das mencionadas qualidades que, afinal, permearam todo o filme. De resto achei uma chatice inigualável, só comparável a alguns Glauber Rocha e este, sem o rigor estético do mexicano Alejandro Gonzalez Inarritu. Aliás, a favor do filme, a direção. De tudo que ali reinava a direção se sobrepôs, e como num milagre, transformou roteiro manjadíssimo e texto chato, num filme tido como culto e aclamado.
A história chega ao sentimentalismo das novelas brasileiras, adereçada, como numa escola de samba, por exageradas e inverossímeis crises existenciais dos personagens. Algumas liberalidades morais tentam nos surpreender, mas francamente, no Brasil do funk alcançam, quando muito, a esfera moral de 1920. Todas as raras piadinhas para sorrir com o canto dos lábios naufragaram. Os diálogos fracos foram pontuando os minutos sem um mísero destaque - e salvos pelos belos planos sequência. Eu me senti como se tivessem penetrado naquele teatro e fosse obrigada a ficar ali, entre malas sem alças, sem direito a intervenção! Os conflitos risíveis - incerta jornalista, crítica de arte de certo jornal, então afirma, sem qualquer pretexto que vai destruir a peça. Se não é necessária razão para um conflito que depois se mostrou essencial, surge então outro recurso de novelão: mero gancho.
Pretensioso ao ponto de enganar os olhos, ouvidos e entendimentos mais sofisticados, inclusive dos críticos que não cansam de elogia-lo, trata-se apenas de uma esquecível chatice. Incautos ainda o assistirão, mas sobre teatro, melhor o teatro.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Aumento dos impostos está bombando!
Bom dia amigos
O Brasil está esfacelado, derrubado, desmoralizado. Segue omisso em questões relevantes e se ergue, arrogante e fleumático, sobre temas menores.
Estado perdulário desde os primeiros dias de Lula - mesmo com Pallocci tentando manter o tripé da gestão sugerido por Fernando Henrique no dia da posse de Lula. Mas sabíamos que se tratava de um governo populista e estes, trazem nas vísceras, o desperdício e gastos de fachada. Exemplo é a publicidade: acho uma desfaçatez que gastem nosso dinheiro para dizer o que querem que a gente acredite que fazem com nosso dinheiro. Publicidade daquelas de filmes de centenas de milhares de dólares, gruas, diretores de fotografia, uma legião de redatores, assistentes, agências de publicidade ficando cada vez mais milionárias com o esbanjamento do dinheiro público.
O Brasil hoje nos envergonha e em cada notícia, um engodo, uma trapaça, corrupção no Palácio do Governo, para perplexidade dos mais crédulos. E esfacelado: nada funciona de fato no país: estradas - nem a operação tapa buracos do primeiro governo Lula foi cumprida. Continuamos com estradas péssimas, gargalos para escoamento de produção e geração de riqueza. Há algumas prometidas ferrovias. Numa delas, inaugurada por Lula, não foi colocado UM ÚNICO TRILHO! Mas eu tenho fé que a dinheirama desta obra saiu dos cofres públicos e percorreu algum caminho obscuro. Nossa educação decai ano a ano estrangulando nosso futuro, nossa saúde é um mero cadáver insepulto e há para qualquer lado que olhemos, a marca da corrupção, esta sim, sempre prosperando, inaugurando uma escala... digamos assim industrial.
Tudo seguia bem, na era Lula. Como se ele fosse o responsável pelo crescimento da China, da Europa. Subiu a maré, Brasil, uma nau desgovernada mas ainda inteira, subiu junto. Seu comandante, no entanto acreditava que ele é que fazia a maré subir. E navegou, naqueles mares de bonança da economia. Logo boa parte da boa vontade daqueles que eram contra, mas vamos ver o que vai ser, foi derretendo. O homem era MESMO uma fraude! Sua gestão era meramente... discurso! E que discurso: quando falava de improviso dizia espessas bobagens, quando falava com nexo, lia discursos de seus doutrinados redatores.
Veio o mensalão. O comandante deveria ter sido o primeiro convocado e esclarecer que conversa era aquela do Ministro Chefe da Casa Civil envolvido em roubalheira escandalosamente elevada, nunca antes na história destepaiz. Mas, pobre operário, justo gora que galgou o mais alto posto da nação, vai ser alvejado por uma mídia mentirosa, por uma elite que não aceita operário no poder, odeia os pobres, odeia a classe média (oopps, essa quem odeia é o Partido dos Trabalhadores). Fizeram o quê? Blindaram o Lula que conseguiu vencer novamente a eleição. Num país sério, Lula teria virado fumaça e não sido reeleito. É por isso inclusive que ele se acha... salvador da Pátria. Um Deus. Decerto quer estar ao lado de Getúlio Vargas na galeria das mentiras brasileiras.
Sabemos que um presidente governa para seu sucessor. A herança maldita de Fernando Henrique foi o lastro de Lula. Mas ele deixou para Dilma um país menor, curvado por bandidos revertidos em heróis, presos com seus braços levantados, punhos fechados. Até hoje, francamente, sinto vergonha alheia (é o que dizem, né?), quando vejo que a imprensa publicou essas fotos sem repúdio.
E nunca antes na história destepaiz (de novo) se combateu tanto a corrupção. A grotesca inversão dos fatos com o propósito de repetir, à exaustão, mentiras com o propósito descabido, paradigma vencido de que se transformariam em... verdades, transformou brasileiros em heróis da resistência: resistência às mentiras, resistência ao engodo, resistência a insensata falta de vergonha na cara.
A mentira então não se transformou em verdade, mas numa farsa indestrutível que perdura, renova-se, numa esquizofrênica capacidade de ainda gerar mentes crédulas ou apropriar-se dos estômagos vazios de uma pobreza que não se esgota. O Partido dos Trabalhadores, há 12 anos no poder, orgulha-se de criar uma classe média que ganha, em média, de 400 a 1200.
O Brasil está esfacelado. E reelege de modo ainda mais grotesco, o seu algoz. Digo grotesco, pois a mentira e o jogo baixo reinaram absolutos. O Brasil está de joelhos,
E o novo Ministro da Fazenda, com fama de gestor rigoroso, austero, já está acomodadíssimo em seu papel de déspota: vai aumentar impostos. Vamos, então, dar ao governo perdulário ainda mais recursos para tapar buracos que ele gerou exatamente por exercer este... perdularismo. Então devemos compreender que propagada eficiência e capacidade de gestão do eminente ministro é a velha fórmula de cortar benefícios e aumentar impostos? O ano passado eu li, com atraso considerável, Desobediência Civil do norte americano Henry David Thoreau, e não vejo outra saída: um ato de resistência legítima do cidadão, parece ser nossa única saída.
O Brasil está esfacelado, derrubado, desmoralizado. Segue omisso em questões relevantes e se ergue, arrogante e fleumático, sobre temas menores.
Estado perdulário desde os primeiros dias de Lula - mesmo com Pallocci tentando manter o tripé da gestão sugerido por Fernando Henrique no dia da posse de Lula. Mas sabíamos que se tratava de um governo populista e estes, trazem nas vísceras, o desperdício e gastos de fachada. Exemplo é a publicidade: acho uma desfaçatez que gastem nosso dinheiro para dizer o que querem que a gente acredite que fazem com nosso dinheiro. Publicidade daquelas de filmes de centenas de milhares de dólares, gruas, diretores de fotografia, uma legião de redatores, assistentes, agências de publicidade ficando cada vez mais milionárias com o esbanjamento do dinheiro público.
O Brasil hoje nos envergonha e em cada notícia, um engodo, uma trapaça, corrupção no Palácio do Governo, para perplexidade dos mais crédulos. E esfacelado: nada funciona de fato no país: estradas - nem a operação tapa buracos do primeiro governo Lula foi cumprida. Continuamos com estradas péssimas, gargalos para escoamento de produção e geração de riqueza. Há algumas prometidas ferrovias. Numa delas, inaugurada por Lula, não foi colocado UM ÚNICO TRILHO! Mas eu tenho fé que a dinheirama desta obra saiu dos cofres públicos e percorreu algum caminho obscuro. Nossa educação decai ano a ano estrangulando nosso futuro, nossa saúde é um mero cadáver insepulto e há para qualquer lado que olhemos, a marca da corrupção, esta sim, sempre prosperando, inaugurando uma escala... digamos assim industrial.
Tudo seguia bem, na era Lula. Como se ele fosse o responsável pelo crescimento da China, da Europa. Subiu a maré, Brasil, uma nau desgovernada mas ainda inteira, subiu junto. Seu comandante, no entanto acreditava que ele é que fazia a maré subir. E navegou, naqueles mares de bonança da economia. Logo boa parte da boa vontade daqueles que eram contra, mas vamos ver o que vai ser, foi derretendo. O homem era MESMO uma fraude! Sua gestão era meramente... discurso! E que discurso: quando falava de improviso dizia espessas bobagens, quando falava com nexo, lia discursos de seus doutrinados redatores.
Veio o mensalão. O comandante deveria ter sido o primeiro convocado e esclarecer que conversa era aquela do Ministro Chefe da Casa Civil envolvido em roubalheira escandalosamente elevada, nunca antes na história destepaiz. Mas, pobre operário, justo gora que galgou o mais alto posto da nação, vai ser alvejado por uma mídia mentirosa, por uma elite que não aceita operário no poder, odeia os pobres, odeia a classe média (oopps, essa quem odeia é o Partido dos Trabalhadores). Fizeram o quê? Blindaram o Lula que conseguiu vencer novamente a eleição. Num país sério, Lula teria virado fumaça e não sido reeleito. É por isso inclusive que ele se acha... salvador da Pátria. Um Deus. Decerto quer estar ao lado de Getúlio Vargas na galeria das mentiras brasileiras.
Sabemos que um presidente governa para seu sucessor. A herança maldita de Fernando Henrique foi o lastro de Lula. Mas ele deixou para Dilma um país menor, curvado por bandidos revertidos em heróis, presos com seus braços levantados, punhos fechados. Até hoje, francamente, sinto vergonha alheia (é o que dizem, né?), quando vejo que a imprensa publicou essas fotos sem repúdio.
E nunca antes na história destepaiz (de novo) se combateu tanto a corrupção. A grotesca inversão dos fatos com o propósito de repetir, à exaustão, mentiras com o propósito descabido, paradigma vencido de que se transformariam em... verdades, transformou brasileiros em heróis da resistência: resistência às mentiras, resistência ao engodo, resistência a insensata falta de vergonha na cara.
A mentira então não se transformou em verdade, mas numa farsa indestrutível que perdura, renova-se, numa esquizofrênica capacidade de ainda gerar mentes crédulas ou apropriar-se dos estômagos vazios de uma pobreza que não se esgota. O Partido dos Trabalhadores, há 12 anos no poder, orgulha-se de criar uma classe média que ganha, em média, de 400 a 1200.
O Brasil está esfacelado. E reelege de modo ainda mais grotesco, o seu algoz. Digo grotesco, pois a mentira e o jogo baixo reinaram absolutos. O Brasil está de joelhos,
E o novo Ministro da Fazenda, com fama de gestor rigoroso, austero, já está acomodadíssimo em seu papel de déspota: vai aumentar impostos. Vamos, então, dar ao governo perdulário ainda mais recursos para tapar buracos que ele gerou exatamente por exercer este... perdularismo. Então devemos compreender que propagada eficiência e capacidade de gestão do eminente ministro é a velha fórmula de cortar benefícios e aumentar impostos? O ano passado eu li, com atraso considerável, Desobediência Civil do norte americano Henry David Thoreau, e não vejo outra saída: um ato de resistência legítima do cidadão, parece ser nossa única saída.
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