Aloprados, uni-vos
Lula para livrar-se das acusações que lhe imputavam sobre a
compra do Dossiê falso sobre José Serra, em setembro de 2006, como forma de
avançar na eleição em São
Paulo , foi logo tratando de chamar seus correligionários de
aloprados. Seus asseclas novamente assumiam a culpa, como ato de profunda
gratidão, e o Brasil seguia, como se as práticas petistas dissessem respeito
apenas ao PT. O Brasil seguia, vendo a investigação terminar em nota do TSE que
julgou não haver qualquer prova do envolvimento do PT no caso desse dossiê.
Agora, um promotor corajoso, indicia os aloprados. E os
aloprados, tanto quanto qualquer político acusado de corrupção ou práticas
indecorosas, não somente negam as acusações, como atribuem as suspeitas a invenções
de adversários. Agem como se as prisões em flagrante e a posse de grande
quantia de dinheiro não declarado (em espécie, naturalmente), amplamente
filmada e fotografada, fossem meras intrigas para desestabilizar as eleições à
prefeitura – talvez de São Paulo, sempre uma pedra nos sapatos de Lula e o PT.
Mas o que importa agora é a investigação transparente e a lisura
na continuidade do processo.
Disto devemos tratar, inclusive o PT, para que tais práticas sejam definitivamente eliminadas de nosso ambiente político-partidário.
Quando se trata de acusações de corrupção que envolvem o PT ou seus membros, o formalismo das ações é irritante e resumidos a declarações. Pareço reviver os terríveis tempos da ditadura militar quando a palavra oficial era sempre formal e mentirosa. Enquanto a tortura assolava os porões da ditadura, o governo negava com uma cara de pau que atingia a boca do estômago. Hoje, quando as negativas petistas iniciam sua jornada para formar uma cortina de fumaça, até que a mídia e povo se entretenham com novo escândalo ou tragédia, sinto náuseas, muitas náuseas. Esperava, de quem já condenou em seus discursos, tais práticas, uma atitude lúcida, correta, ética. Mas, para o poder parece haver um só interesse: o poder. Deste modo, sacrifiquemos quaisquer atributos morais, éticos – que, são, em suma, a mesma coisa.
Disto devemos tratar, inclusive o PT, para que tais práticas sejam definitivamente eliminadas de nosso ambiente político-partidário.
Quando se trata de acusações de corrupção que envolvem o PT ou seus membros, o formalismo das ações é irritante e resumidos a declarações. Pareço reviver os terríveis tempos da ditadura militar quando a palavra oficial era sempre formal e mentirosa. Enquanto a tortura assolava os porões da ditadura, o governo negava com uma cara de pau que atingia a boca do estômago. Hoje, quando as negativas petistas iniciam sua jornada para formar uma cortina de fumaça, até que a mídia e povo se entretenham com novo escândalo ou tragédia, sinto náuseas, muitas náuseas. Esperava, de quem já condenou em seus discursos, tais práticas, uma atitude lúcida, correta, ética. Mas, para o poder parece haver um só interesse: o poder. Deste modo, sacrifiquemos quaisquer atributos morais, éticos – que, são, em suma, a mesma coisa.
O que me indigna é a paciência do povo brasileiro em relação
a tais episódios deploráveis. Com tantos recursos de expressão hoje, o que
vemos é uma apatia estonteante da juventude, dos estudantes, dos formadores de
opinião e, principalmente da mídia, que parece porta-voz do Estado, do poder. E
as militâncias, de qualquer nível, estão sempre ligadas a partidos políticos, e
não a um ideal de país, só alcançado com a mobilização desvinculada de
entidades que talvez sem exceção, já tiveram parentesco, no mínimo denunciado,
com a corrupção.
Pobre Brasil, ostenta faca e queijo, mas continua dormindo
em berço esplêndido!