sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Não concordo com Geraldo Alckmin fora do segundo turno. Pelo Brasil.

São Paulo escolheu Bolsonaro por que acreditou na contínua desmoralização do PSDB feita pela esquerda. São Paulo - que pode ajudar decidir quem vai ao segundo turno - deixou de fora o melhor governador do Estado do Brasil (dados de pesquisa de opinião, não minha opinião). INACREDITÁVEL. Assim seguimos com as análises contrariando o senso comum (ver a reportagem que compartilho).
Convenhamos, isso acontece com frequência, já que o senso comum é passional, emocional e as análises são lógicas, racionais.
Eu vou de Geraldo Alckmin por que não posso trair minhas convicções.
E vamos a alguns outros pontos para quem tiver paciência de ler.
Quem vai chegar ao segundo turno?
No páreo, dois candidatos à esquerda e Bolsonaro (depois falarei um pc deste). Bem, tanto Ciro Gomes quanto Haddad vão ACABAR com a economia. É só ler os Programas de governo dos dois e analisar mais detidamente seus próprios discursos. Ciro promete acabar com o teto de gastos e muito provavelmente com a reforma trabalhista que foi acanhada, mas um passo adiante, ao menos.
Ciro disse que acabará com a lei de Teto de Gastos que limita investimentos. Esta deve permanecer imutável. Se ele pode acabar com ela, qualquer um pode, no momento certo. AINDA NÃO É POSSÍVEL, o Brasil está quebrado! É a mesma coisa da família manter a vida no cheque especial, não limitar os gastos mesmo ganhando menos que as despesas.
E todos vão "investir"! Viva, vamos investir mais em saneamento básico, segurança, educação, saúde. Cortar gastos e acertar as contas nem pensar! Esquerda não faz isso não. E esse INVESTIR significa ou aumentar o deficit público ou aumentar os impostos, já que dinheiro não há.
Haddad diz que vai voltar ao ideário lulista para ser feliz de novo e retomar as "medidas" petistas: intervenção Estatal nos preços, aumento da máquina pública, conteúdo nacional na área do petróleo, entre outras coisitas. Ah, e não se enganem, Haddad está comprometido com a volta do Imposto Sindical, pois petismo, esquerda e sindicalismo andam de mãos dadas. E tem mais senhores: marcos regulatórios da imprensa (sabemos o que isso significa) e tudo escritinho no site do PT. Mas, quem lê? Eu li tudinho. É chato. Mas é possível ler apenas o resumão na pg inicial do site.
Não SÃO LIBERAIS coisa nenhuma. Este plano do PT É REVANCHISTA, fala em controle do JUDICIÁRIO!
Jsuis! Controle do Judiciário é coisa de DITADURA.
E lá estão: os plebiscitos e debates com sociedade civil. O que é isso? Bolivarismo puro, de raiz, de Chaves e Maduro. Criam ONGs, Instituições de governo, aparelham tudo com os cumpanhero e colocam na mão deles as decisões TIRANDO DO LEGISLATIVO - que representa o povo, foi eleito pelo povo - essa função. Aliás, vão se vingar do legislativo (que deverá ter pequena modificação) pela queda da "cumpanhera Dilma".
É pavimentar a ditadura. Vão tirar as funções do legislativo que é OUTRO PODER.
Para coroar o programa petista quer uma constituinte, feita notáveis escolhidos por eles! Igual a Hugo Chaves. Idêntico. Assustador. Tenho pavor de ver Haddad no segundo turno. Pavor, por que o PT faz O DIABO para ganhar eleição. E poderá ganhar mesmo! Tenho ainda vergonha do brasileiro que vai nessa vibe. Mais ainda dos paulistanos que estão envolvidos na narrativa petista contra o PSDB há mais de vinte anos. Aliás, convenhamos, fazem isso desde a primeira HORA do primeiro governo FHC. São antidemocráticos.
Ciro é tal e qual, mas finge que não é. Tanto que começou a campanha vestindo uma roupa Lula ficha limpa, inocente, não devia estar na prisão. Falava com quem? Com o eleitor lulista, um aceno para ganhar terreno e simpatia.
Agora tenta se distanciar de Lula, mas é voz de Lula caso vença, num eventual governo. Observem que suas possíveis alianças serão com os partidos de esquerda, caso chegue ao segundo turno.
E se for, até faria aliança com o PT, mas PT não faz aliança onde não é mandatário. Quer o comando, sempre. Já o inverso... Há grande possibilidade de Ciro vir a público, dizer que refletiu muito, que pelo bem do Brasil vai apoiar HADDAD no segundo turno.
Portanto, ao deixarmos Geraldo Alckimin de fora do segundo turno estamos votando em HADDAD, pois Bolsonaro de fato estará lá.
O voto anti petista de SP foi para Bolsonaro, eu nunca entendi isso. Mas agora precisamos mesmo é de GA lá. Lamento que o Brasil não tenha entendido isso. Me faz lembrar Collor e Lula em 89. Eu me perguntava: como Mário Covas não foi para o segundo turno? Ao menos Ulisses Guimarães? A pulverização das candidaturas - devemos isso ao desastre de nossa democracia com 35 partidos - levou ao caos naquele ano longínquo. E Collor esbravejava CONTRA TUDO QUE AI ESTÁ e o resto já é HISTÓRIA. E a história parece se repetir.
Não defendo essa posição por AMOR AO ALCKIMIN, mas ao brasil, ao brasileiro, que vai ter que percorrer outra estrada esburacada, sofrer. Geraldo Alckmin é o que deveria ao menos, ir ao segundo turno. Vou votar nele. Desiludida com SP que adotou Bolsonaro mesmo estando no ESTADO mais bem governado do Brasil, com os melhores índices do país sendo ainda, sua locomotiva.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Aborto, a minha pá de cal...

SEMPRE fui contra o aborto, mas por ser uma defensora radical das mulheres acabava justificando suas escolhas com descabida complacência em relação aos meus valores íntimos. Nunca estive em tal dilema moral, mas considerava legítimo os sentimentos femininos na tentativa explicar (mas não justificar) esta perversão que, afinal é o aborto. E dizia: sou contra o aborto, mas não sou contra quem faz aborto.

Que confortável posição, a minha.  Supunha angariar a simpatia dos dois lados. Ou presumia angariar. E fiquei em cima do muro numa das questões principais do nosso tempo.

Mas, tem dias que sou assim: acordo com o tacape na mão e não descanso enquanto não liquido e estraçalho uma questão pendente (comigo mesma, bem entendido). E hoje, nem sei bem porque, estraçalhei o aborto. E firmei posição contra. Sem reservas, apenas as ressalvas legais vigentes  - considero-as corretas.

O aborto não pode e não deve ser institucionalizado. É sim uma forma de homicídio. É perverso. A  prática deve ser proibida e se for paga pelo Estado, este estará acolhendo esta perversidade, sendo co-autor deste crime.

Disse acima que o aborto é uma forma de homicídio e me corrijo: é homicídio e talvez o mais covarde.

A liberdade sexual deve levar os indivíduos a escolhas responsáveis e só podemos imaginar que a anticoncepção seja a única forma de definir escolhas sobre ter ou não ter filhos. Hoje os métodos estão disponíveis, são baratos, seguros, práticos.

Não à descriminalização do aborto, chega desta perspectiva tolerante, cheia de dogmas vencidos como direito ao corpo que resulta na morte da criança não nascida. Este é o caminho para que a humanidade possa banir o aborto em curto espaço de tempo. #abortonão. #nãoaoaborto.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Caminhoneiros, os novos filhos de Nhonhô


Não é simples reconhecer que já precisamos nos desdobrar para manter nossos empregos, educar nossos filhos, lutar por nossas pequenas empresas enquanto enriquecíamos ampla escória. É doloroso saber que vivemos sob o manto do descalabro. E agora vamos ter que renovar nosso cuidado para não desabarmos novamente no abismo do populismo mais rastaquera, da esquerda morta, porém insepulta, que atuam de for persistente, resistente e inequívoca com o propósito de nos fazer crer em soluções fáceis e simples para os complexos problemas do Brasil.

A DITADURA MILITAR legou ao Brasil contas públicas em frangalhos e as condições para a inflação que já se mostrava incontrolável. Isso nos levou a tortuoso caminho até o desastre, passando por sucessivos planos econômicos que fracassaram sem atenuantes.

E que não nos enganemos: o Brasil de hoje é fruto do LULOPETISMO que roubou a modernidade e a eficiência do Brasil que vinham sendo construídas por um governo liberal, que liquidou com a inflação e pavimentou o caminho para o liberalismo econômico, que constava com a diminuição gradual do tamanho do Estado, com metas exequíveis, em boa parte já no horizonte, mas que foram abandonadas na sequência pelos governos petistas.

E neste mar de causas e efeitos ainda quero salientar um aspecto que tem sido recorrente, que podemos chamar de “levada de Nonhonhô”,  que nossa incipiente modernidade jamais enterrou e que a esquerda abocanhou sem constrangimento. Aliás, não somente abocanhou, mas a aprimorou com um assistencialismo, barato para o Estado e caro ao indivíduo: a esmola que degrada e o pior, é paga pelo próprio beneficiário já que vem de impostos altíssimos – e ignorados, pois são indiretos.

E hoje estamos no segundo dia da síndrome sindicalista somada ao coronelismo – legado de Nhonhô – são caminhoneiros bloqueando estradas e querendo que o governo volte a ser “bonzinho” (como o Lula e a Dilma, né gente) e abaixe preços do combustível ainda que subam outros impostos, mas ai ninguém sabe, ninguém viu.
E a imprensa colabora firmemente, dizendo, inclusive que esta PARALIZAÇÃO é um movimento espontâneo de caminhoneiros e que os sindicatos e a esquerda, claro, não têm nada a ver com isso.

E vamos seguindo nosso voo cego achando que não há montanhas adiante.

Mas, para que não nos espatifemos, precisamos entender que esta é a política dos preços livres, uma necessidade intrínseca da excrecência de Petróleo Estatal, existente no Brasil e nas ditaduras. Nas economias liberais não há políticas de preços, o preço é livre e a sociedade produtiva se ajusta, busca soluções e, em geral, aprimoram seus sistemas sem postergar ou, pior, endereçar a alguma classe ou geração futura, o preço das benesses que não devem existir em economias livres.

Alguém ai dá presentinhos gratuitos aos clientes ou consumidores? Não, até mesmo os pequenos sabem o que é oferta, demanda e quanto custa o almoço, o brinde.

Rogo ao nosso senhor que Temer e sua equipe mantenham suas políticas com a Petrobrás sem aceitar o proselitismo mixuruca da grande imprensa que fica apenas perguntando ao povo na esquina se ele gosta de gasolina subindo de preço toda hora.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Preferia pensar de modo diferente...

O Brasil está sim ficando chato. E por vezes, lamento, burro. Não se zangue, leitor, achando que me excluo do conteúdo deste Brasil.
Há um sentimentalismo patológico imperando no gosto médio que – veja o contrassenso – até me comove. Enquanto o Brasil real é estúpido, racista, conservador, intolerante, revela-se pelo jornalismo e ficção televisiva um oposto sentimentaloide: descrevem a intolerância para adorna-la com um final feliz, muitas vezes até incompreensível, como na última novela da Rede Globo de Glória Peres. Vou cita-la com um resumo para quem não a presenciou naquele dia a dia enfadonho de suas intrigas mixas: uma jovem linda, bem nascida, rica não se sentia menina. Evolui-se para a mudança de sexo, pelo que se narra, sem intervenções cirúrgicas que, confesso, desconheço a existência ou êxitos. Na mudança inversa sim, sabemos possível. E então o que escolhe para seu par a doce menina que se transforma num ser esquisito de barba fina? Seu ex-namorado, optando desta forma por uma relação heterossexual que não incluía uma atração física condizente. Não era para aquele recém-homem sentir-se atraído por mulheres? Não nos parece obvio que a orientação escolhida deveria ser regida por um impulso também sexual? E o que coube ao pobre personagem masculino então, foi aberração completa e ancorada numa narrativa (desculpem) inverossímil: da noite para o dia, para ter nos braços a antiga namorada, que se resignasse com o fato dela não ter mais seios e ainda exibir uma barbicha pra lá de feia, vestindo-se como homem, falando como homem e ainda se confessasse homem. E ele a abraça, a beija: É o amor verdadeiro, diz a autora escrevendo em tortas entrelinhas. Os dois vão viver o amor ideal, o encontro de almas e para o inferno aquela explosão de hormônios que regem as escolhas sexuais dos jovens, amplamente mostrada em cada episódio de cada folhetim que empregam atores, diretores, cinegrafistas e atraem patrocinadores. E temos o paradoxo que poderia elevar uma obra de arte, mas que aqui, é invencionice sem pé ou cabeça: uma jovem rejeita sal condição feminina e ao virar homem, mudar de nome, declarar-se homem, entrega a um homem que jamais cogitou amar outro homem.
Enquanto a teledramaturgia elege seus temas para reger a sociedade média – racismo é outro de seus temas favoritos e para sua doutrinação expele similares idiotices – o jornalismo trata de escolher para os cansados, exauridos brasileiros quem é que os deve governar.
Não, imprensa não deve ser neutra, imparcial: mas é preciso clareza e honestidade intelectual como um intransponível paradigma.  Não cabe aqui um libreto oficial das boas normas do bom jornalismo.  Mas, temos assistido algo pior que o fake News que pode ser combatido frontalmente diante do rigor do fato:  uma imprensa livre – e assim deve ser e será – que omite informações, informa erradamente os episódio e os interpreta conforme a conveniência do editor ou, pior ainda, do veículo que para existir simplesmente pressupõe severidade rigorosa na apuração de fatos e consequências. Vou apelar à precisão machadiana e apelar para a covardia do exemplo: Observe uma diferença fundamental entre duas manchetes das retrospectivas de 2017:
- Temer escapa de duas denúncias de crime de lavagem de dinheiro e corrupção passiva
- Congresso rejeita denúncia contra presidente Temer
Não pretendo opinar sobre as manchetes, afinal, a conclusão é quase obvia do encaminhamento editorial e isso está posto, claro. O problema é que no bojo da notícia não há explicação sobre a denúncia que enfim é o principal fato da manchete e que, convenhamos, o jornalismo não explicou, não esmiuçou, apenas arranhou a extensa superfície condição que lhe dava certo aspecto de severidade crítica. Exceção a colunistas famosos que se posicionaram e também alguns editoriais, a população se posicionou sem estar segura se houve fraude na denúncia ou não. Quem buscou aprofundar-se no tema, com certeza, está convencido de diversos pontos do episódio central da política em 2017. Mas àqueles que confiaram na informação superficial dos maiores veículos de comunicação do país, seguramente, estão equivocados. Foi ao equívoco que esta imprensa conduziu seus ouvintes, leitores, telespectadores. Os colunistas podem errar, podem dispor suas ideias, mas devem ser inequívocos quanto às suas posições. Ai discordamos, concordamos, detestamos, adoramos. Mas quando, no momento seguinte, o jornalismo vem com aquela isenção inventada tentando nos fazer ignorar os objetivos traçados nitidamente por seus veículos de comunicação, ai constrangem as mentes medianamente informadas e lúcidas.

E a isso que me refiro quando digo que estamos sentimentalistas, passionais e chatos. Temos aberturas de telejornais com vinhetas geniais, trilhas sonoras eletrizantes e figurinos e jornalistas impecáveis. Temos favelas bonitinhas, com casinhas arrumadinhas e para dar clareza à pobreza dão toques bregas desenvolvendo uma estética kitsch à base de um proselitismo estético. Ah, que num barraco daqueles até eu moraria. Naquele beco limpinho também. Estendo minha preguiça sem alegria para este discurso igualitário que cria a falsa aparência de que somos tão cordiais – confundindo a tese de Sérgio Buarque de Hollanda -  bonzinhos e claro, bonitinhos. Mas no fundo estamos apenas ficando sentimentalistas, passionais, chatos e, desculpem generalização, burros. Deve ser por isso também que as pesquisas de opiniões (feitas há décadas com as mesmas formulações de perguntas) estão levando ao segundo turno das próximas eleições presidenciais Lula X Bolsonaro. Burrice é pouco.