sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Não concordo com Geraldo Alckmin fora do segundo turno. Pelo Brasil.

São Paulo escolheu Bolsonaro por que acreditou na contínua desmoralização do PSDB feita pela esquerda. São Paulo - que pode ajudar decidir quem vai ao segundo turno - deixou de fora o melhor governador do Estado do Brasil (dados de pesquisa de opinião, não minha opinião). INACREDITÁVEL. Assim seguimos com as análises contrariando o senso comum (ver a reportagem que compartilho).
Convenhamos, isso acontece com frequência, já que o senso comum é passional, emocional e as análises são lógicas, racionais.
Eu vou de Geraldo Alckmin por que não posso trair minhas convicções.
E vamos a alguns outros pontos para quem tiver paciência de ler.
Quem vai chegar ao segundo turno?
No páreo, dois candidatos à esquerda e Bolsonaro (depois falarei um pc deste). Bem, tanto Ciro Gomes quanto Haddad vão ACABAR com a economia. É só ler os Programas de governo dos dois e analisar mais detidamente seus próprios discursos. Ciro promete acabar com o teto de gastos e muito provavelmente com a reforma trabalhista que foi acanhada, mas um passo adiante, ao menos.
Ciro disse que acabará com a lei de Teto de Gastos que limita investimentos. Esta deve permanecer imutável. Se ele pode acabar com ela, qualquer um pode, no momento certo. AINDA NÃO É POSSÍVEL, o Brasil está quebrado! É a mesma coisa da família manter a vida no cheque especial, não limitar os gastos mesmo ganhando menos que as despesas.
E todos vão "investir"! Viva, vamos investir mais em saneamento básico, segurança, educação, saúde. Cortar gastos e acertar as contas nem pensar! Esquerda não faz isso não. E esse INVESTIR significa ou aumentar o deficit público ou aumentar os impostos, já que dinheiro não há.
Haddad diz que vai voltar ao ideário lulista para ser feliz de novo e retomar as "medidas" petistas: intervenção Estatal nos preços, aumento da máquina pública, conteúdo nacional na área do petróleo, entre outras coisitas. Ah, e não se enganem, Haddad está comprometido com a volta do Imposto Sindical, pois petismo, esquerda e sindicalismo andam de mãos dadas. E tem mais senhores: marcos regulatórios da imprensa (sabemos o que isso significa) e tudo escritinho no site do PT. Mas, quem lê? Eu li tudinho. É chato. Mas é possível ler apenas o resumão na pg inicial do site.
Não SÃO LIBERAIS coisa nenhuma. Este plano do PT É REVANCHISTA, fala em controle do JUDICIÁRIO!
Jsuis! Controle do Judiciário é coisa de DITADURA.
E lá estão: os plebiscitos e debates com sociedade civil. O que é isso? Bolivarismo puro, de raiz, de Chaves e Maduro. Criam ONGs, Instituições de governo, aparelham tudo com os cumpanhero e colocam na mão deles as decisões TIRANDO DO LEGISLATIVO - que representa o povo, foi eleito pelo povo - essa função. Aliás, vão se vingar do legislativo (que deverá ter pequena modificação) pela queda da "cumpanhera Dilma".
É pavimentar a ditadura. Vão tirar as funções do legislativo que é OUTRO PODER.
Para coroar o programa petista quer uma constituinte, feita notáveis escolhidos por eles! Igual a Hugo Chaves. Idêntico. Assustador. Tenho pavor de ver Haddad no segundo turno. Pavor, por que o PT faz O DIABO para ganhar eleição. E poderá ganhar mesmo! Tenho ainda vergonha do brasileiro que vai nessa vibe. Mais ainda dos paulistanos que estão envolvidos na narrativa petista contra o PSDB há mais de vinte anos. Aliás, convenhamos, fazem isso desde a primeira HORA do primeiro governo FHC. São antidemocráticos.
Ciro é tal e qual, mas finge que não é. Tanto que começou a campanha vestindo uma roupa Lula ficha limpa, inocente, não devia estar na prisão. Falava com quem? Com o eleitor lulista, um aceno para ganhar terreno e simpatia.
Agora tenta se distanciar de Lula, mas é voz de Lula caso vença, num eventual governo. Observem que suas possíveis alianças serão com os partidos de esquerda, caso chegue ao segundo turno.
E se for, até faria aliança com o PT, mas PT não faz aliança onde não é mandatário. Quer o comando, sempre. Já o inverso... Há grande possibilidade de Ciro vir a público, dizer que refletiu muito, que pelo bem do Brasil vai apoiar HADDAD no segundo turno.
Portanto, ao deixarmos Geraldo Alckimin de fora do segundo turno estamos votando em HADDAD, pois Bolsonaro de fato estará lá.
O voto anti petista de SP foi para Bolsonaro, eu nunca entendi isso. Mas agora precisamos mesmo é de GA lá. Lamento que o Brasil não tenha entendido isso. Me faz lembrar Collor e Lula em 89. Eu me perguntava: como Mário Covas não foi para o segundo turno? Ao menos Ulisses Guimarães? A pulverização das candidaturas - devemos isso ao desastre de nossa democracia com 35 partidos - levou ao caos naquele ano longínquo. E Collor esbravejava CONTRA TUDO QUE AI ESTÁ e o resto já é HISTÓRIA. E a história parece se repetir.
Não defendo essa posição por AMOR AO ALCKIMIN, mas ao brasil, ao brasileiro, que vai ter que percorrer outra estrada esburacada, sofrer. Geraldo Alckmin é o que deveria ao menos, ir ao segundo turno. Vou votar nele. Desiludida com SP que adotou Bolsonaro mesmo estando no ESTADO mais bem governado do Brasil, com os melhores índices do país sendo ainda, sua locomotiva.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Aborto, a minha pá de cal...

SEMPRE fui contra o aborto, mas por ser uma defensora radical das mulheres acabava justificando suas escolhas com descabida complacência em relação aos meus valores íntimos. Nunca estive em tal dilema moral, mas considerava legítimo os sentimentos femininos na tentativa explicar (mas não justificar) esta perversão que, afinal é o aborto. E dizia: sou contra o aborto, mas não sou contra quem faz aborto.

Que confortável posição, a minha.  Supunha angariar a simpatia dos dois lados. Ou presumia angariar. E fiquei em cima do muro numa das questões principais do nosso tempo.

Mas, tem dias que sou assim: acordo com o tacape na mão e não descanso enquanto não liquido e estraçalho uma questão pendente (comigo mesma, bem entendido). E hoje, nem sei bem porque, estraçalhei o aborto. E firmei posição contra. Sem reservas, apenas as ressalvas legais vigentes  - considero-as corretas.

O aborto não pode e não deve ser institucionalizado. É sim uma forma de homicídio. É perverso. A  prática deve ser proibida e se for paga pelo Estado, este estará acolhendo esta perversidade, sendo co-autor deste crime.

Disse acima que o aborto é uma forma de homicídio e me corrijo: é homicídio e talvez o mais covarde.

A liberdade sexual deve levar os indivíduos a escolhas responsáveis e só podemos imaginar que a anticoncepção seja a única forma de definir escolhas sobre ter ou não ter filhos. Hoje os métodos estão disponíveis, são baratos, seguros, práticos.

Não à descriminalização do aborto, chega desta perspectiva tolerante, cheia de dogmas vencidos como direito ao corpo que resulta na morte da criança não nascida. Este é o caminho para que a humanidade possa banir o aborto em curto espaço de tempo. #abortonão. #nãoaoaborto.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Caminhoneiros, os novos filhos de Nhonhô


Não é simples reconhecer que já precisamos nos desdobrar para manter nossos empregos, educar nossos filhos, lutar por nossas pequenas empresas enquanto enriquecíamos ampla escória. É doloroso saber que vivemos sob o manto do descalabro. E agora vamos ter que renovar nosso cuidado para não desabarmos novamente no abismo do populismo mais rastaquera, da esquerda morta, porém insepulta, que atuam de for persistente, resistente e inequívoca com o propósito de nos fazer crer em soluções fáceis e simples para os complexos problemas do Brasil.

A DITADURA MILITAR legou ao Brasil contas públicas em frangalhos e as condições para a inflação que já se mostrava incontrolável. Isso nos levou a tortuoso caminho até o desastre, passando por sucessivos planos econômicos que fracassaram sem atenuantes.

E que não nos enganemos: o Brasil de hoje é fruto do LULOPETISMO que roubou a modernidade e a eficiência do Brasil que vinham sendo construídas por um governo liberal, que liquidou com a inflação e pavimentou o caminho para o liberalismo econômico, que constava com a diminuição gradual do tamanho do Estado, com metas exequíveis, em boa parte já no horizonte, mas que foram abandonadas na sequência pelos governos petistas.

E neste mar de causas e efeitos ainda quero salientar um aspecto que tem sido recorrente, que podemos chamar de “levada de Nonhonhô”,  que nossa incipiente modernidade jamais enterrou e que a esquerda abocanhou sem constrangimento. Aliás, não somente abocanhou, mas a aprimorou com um assistencialismo, barato para o Estado e caro ao indivíduo: a esmola que degrada e o pior, é paga pelo próprio beneficiário já que vem de impostos altíssimos – e ignorados, pois são indiretos.

E hoje estamos no segundo dia da síndrome sindicalista somada ao coronelismo – legado de Nhonhô – são caminhoneiros bloqueando estradas e querendo que o governo volte a ser “bonzinho” (como o Lula e a Dilma, né gente) e abaixe preços do combustível ainda que subam outros impostos, mas ai ninguém sabe, ninguém viu.
E a imprensa colabora firmemente, dizendo, inclusive que esta PARALIZAÇÃO é um movimento espontâneo de caminhoneiros e que os sindicatos e a esquerda, claro, não têm nada a ver com isso.

E vamos seguindo nosso voo cego achando que não há montanhas adiante.

Mas, para que não nos espatifemos, precisamos entender que esta é a política dos preços livres, uma necessidade intrínseca da excrecência de Petróleo Estatal, existente no Brasil e nas ditaduras. Nas economias liberais não há políticas de preços, o preço é livre e a sociedade produtiva se ajusta, busca soluções e, em geral, aprimoram seus sistemas sem postergar ou, pior, endereçar a alguma classe ou geração futura, o preço das benesses que não devem existir em economias livres.

Alguém ai dá presentinhos gratuitos aos clientes ou consumidores? Não, até mesmo os pequenos sabem o que é oferta, demanda e quanto custa o almoço, o brinde.

Rogo ao nosso senhor que Temer e sua equipe mantenham suas políticas com a Petrobrás sem aceitar o proselitismo mixuruca da grande imprensa que fica apenas perguntando ao povo na esquina se ele gosta de gasolina subindo de preço toda hora.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Preferia pensar de modo diferente...

O Brasil está sim ficando chato. E por vezes, lamento, burro. Não se zangue, leitor, achando que me excluo do conteúdo deste Brasil.
Há um sentimentalismo patológico imperando no gosto médio que – veja o contrassenso – até me comove. Enquanto o Brasil real é estúpido, racista, conservador, intolerante, revela-se pelo jornalismo e ficção televisiva um oposto sentimentaloide: descrevem a intolerância para adorna-la com um final feliz, muitas vezes até incompreensível, como na última novela da Rede Globo de Glória Peres. Vou cita-la com um resumo para quem não a presenciou naquele dia a dia enfadonho de suas intrigas mixas: uma jovem linda, bem nascida, rica não se sentia menina. Evolui-se para a mudança de sexo, pelo que se narra, sem intervenções cirúrgicas que, confesso, desconheço a existência ou êxitos. Na mudança inversa sim, sabemos possível. E então o que escolhe para seu par a doce menina que se transforma num ser esquisito de barba fina? Seu ex-namorado, optando desta forma por uma relação heterossexual que não incluía uma atração física condizente. Não era para aquele recém-homem sentir-se atraído por mulheres? Não nos parece obvio que a orientação escolhida deveria ser regida por um impulso também sexual? E o que coube ao pobre personagem masculino então, foi aberração completa e ancorada numa narrativa (desculpem) inverossímil: da noite para o dia, para ter nos braços a antiga namorada, que se resignasse com o fato dela não ter mais seios e ainda exibir uma barbicha pra lá de feia, vestindo-se como homem, falando como homem e ainda se confessasse homem. E ele a abraça, a beija: É o amor verdadeiro, diz a autora escrevendo em tortas entrelinhas. Os dois vão viver o amor ideal, o encontro de almas e para o inferno aquela explosão de hormônios que regem as escolhas sexuais dos jovens, amplamente mostrada em cada episódio de cada folhetim que empregam atores, diretores, cinegrafistas e atraem patrocinadores. E temos o paradoxo que poderia elevar uma obra de arte, mas que aqui, é invencionice sem pé ou cabeça: uma jovem rejeita sal condição feminina e ao virar homem, mudar de nome, declarar-se homem, entrega a um homem que jamais cogitou amar outro homem.
Enquanto a teledramaturgia elege seus temas para reger a sociedade média – racismo é outro de seus temas favoritos e para sua doutrinação expele similares idiotices – o jornalismo trata de escolher para os cansados, exauridos brasileiros quem é que os deve governar.
Não, imprensa não deve ser neutra, imparcial: mas é preciso clareza e honestidade intelectual como um intransponível paradigma.  Não cabe aqui um libreto oficial das boas normas do bom jornalismo.  Mas, temos assistido algo pior que o fake News que pode ser combatido frontalmente diante do rigor do fato:  uma imprensa livre – e assim deve ser e será – que omite informações, informa erradamente os episódio e os interpreta conforme a conveniência do editor ou, pior ainda, do veículo que para existir simplesmente pressupõe severidade rigorosa na apuração de fatos e consequências. Vou apelar à precisão machadiana e apelar para a covardia do exemplo: Observe uma diferença fundamental entre duas manchetes das retrospectivas de 2017:
- Temer escapa de duas denúncias de crime de lavagem de dinheiro e corrupção passiva
- Congresso rejeita denúncia contra presidente Temer
Não pretendo opinar sobre as manchetes, afinal, a conclusão é quase obvia do encaminhamento editorial e isso está posto, claro. O problema é que no bojo da notícia não há explicação sobre a denúncia que enfim é o principal fato da manchete e que, convenhamos, o jornalismo não explicou, não esmiuçou, apenas arranhou a extensa superfície condição que lhe dava certo aspecto de severidade crítica. Exceção a colunistas famosos que se posicionaram e também alguns editoriais, a população se posicionou sem estar segura se houve fraude na denúncia ou não. Quem buscou aprofundar-se no tema, com certeza, está convencido de diversos pontos do episódio central da política em 2017. Mas àqueles que confiaram na informação superficial dos maiores veículos de comunicação do país, seguramente, estão equivocados. Foi ao equívoco que esta imprensa conduziu seus ouvintes, leitores, telespectadores. Os colunistas podem errar, podem dispor suas ideias, mas devem ser inequívocos quanto às suas posições. Ai discordamos, concordamos, detestamos, adoramos. Mas quando, no momento seguinte, o jornalismo vem com aquela isenção inventada tentando nos fazer ignorar os objetivos traçados nitidamente por seus veículos de comunicação, ai constrangem as mentes medianamente informadas e lúcidas.

E a isso que me refiro quando digo que estamos sentimentalistas, passionais e chatos. Temos aberturas de telejornais com vinhetas geniais, trilhas sonoras eletrizantes e figurinos e jornalistas impecáveis. Temos favelas bonitinhas, com casinhas arrumadinhas e para dar clareza à pobreza dão toques bregas desenvolvendo uma estética kitsch à base de um proselitismo estético. Ah, que num barraco daqueles até eu moraria. Naquele beco limpinho também. Estendo minha preguiça sem alegria para este discurso igualitário que cria a falsa aparência de que somos tão cordiais – confundindo a tese de Sérgio Buarque de Hollanda -  bonzinhos e claro, bonitinhos. Mas no fundo estamos apenas ficando sentimentalistas, passionais, chatos e, desculpem generalização, burros. Deve ser por isso também que as pesquisas de opiniões (feitas há décadas com as mesmas formulações de perguntas) estão levando ao segundo turno das próximas eleições presidenciais Lula X Bolsonaro. Burrice é pouco.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Do verme à podridão II

Vou navegar na contramão, como ordinariamente ocorre e dizer que o ministro do supremo que eu mais gosto é Gilmar Mendes. Você é louca, Roxana. Um pouquinho, quem me conhece, sabe: sim!
Mas, lamento, cabe-me a razão.
Temos o pior quadro do Supremo dos últimos... bem, diria quarenta anos só para falar do meu tempo de alguma consciência sobre sua atuação.
Vou sair dizendo que os piores ministros do atual Supremo são Barroso e Fachin.
Mas não vou falar de todos, mas começo pelos piores.
1 - FACHIN deu PERDÃO JUDICIAL aos açougueiros Batista. Não consigo imaginar algo pior para dizer sobre um ministro do Supremo! Ninguém fala no Fachin, por que todos queriam, na época, derrubar o Temer, legítimo presidente após a queda da anta - não vou falar de Temer agora. Mas, convenhamos, perdão judicial para dois sujeitos que enriqueceram sob o governo LULA de modo tão extraordinário e desonesto, é de amargar.
2 - Barroso é braço petista do Supremo e apenas um demagogo. Suas falas dão vergonha até para aqueles - como eu - que não conhece as leis. E Barroso adora dizer que eles prendem e Gilmar solta. Mas isso é mentira. Além de tudo ninguém não é decisão monocrática como todo mundo pensa. É preliminar, liminar. E a outra parte pode recorrer e o PLENO deve então se manifestar. Trata-se de decisão coletiva. Mas Barroso cria a cascata - típica dos demagogos - e todo mundo acredita.E depois ele foi o homem que SOLTOU José Dirceu! Barroso ressuscitou os embargos infringentes. Quem se lembra? Ah, mas José Dirceu é outra coisa, né?
Mas e Carmem Lúcia que homologou - sem qualquer necessidade de pressa - OITENTA DELAÇÕES PREMIADAS num único fim de semana! Podemos dizer sem medo de erro que ela homologou SEM LER né não? Gracinha, né gente?
O pior Supremo que temos, desde muitos governos, mas com maioria indicada por Lula e Dilma, ou seja, um Supremo que ajuda a devastar o país.
Agora, a favor de Gilmar Mendes eu digo: seus votos são técnicos, manda soltar quem tem direito legal à esta liberdade, ele é contra o abuso da prisão preventiva - pensamento moderno, justiça na democracia deve ser pensada para soltar e não para prender - ainda mais preventivamente. Deve ser somente após sentença condenatória, em flagrante ou dentro da lei da prisão preventiva.
Gilmar Mendes e Celso de Mello e, tenho observado, Toffoli são os mais técnicos. Agora temos Alexandre de Morais... este está me decepcionando um pouco. Fala umas coisas esquisitas.

Como podem observar, discordo. Mas sou muito louca não.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Verme e podridão, assim, grudados.

Está rolando ai um abaixo assinado para o impeachment de Gilmar Mendes. Engraçado que ninguém fala em pedir o impeachment de Fachin ou Janot, que estão cometendo flagrantes ILEGALIDADES. Ou tem alguém achando que aquelas gravações dos irmãos Batista que lhes proporcionaram o perdão por serem os campeões dos crimes não estão crivadas de ilegalidades?
Mas, vamos analisar friamente o DEIXA QUE EU CHUTO Gilmar Mendes. Comparativamente, digo com franqueza, pra mim, Gilmar é o MELHOR - podemos pensar no decano, Celso de Mello,tudo bem. Vota sempre com clareza e também votos técnicos, e foi assim também que votou no caso dos embargos infringentes de José Dirceu - mas isso fica pra outra hora.
Mas Gilmar é um liberal, ao pensar o Estado e a Economia e não inventa lei. Seus votos são técnicos e quase sempre concordo com seus votos. Já ouvi muitos e li vários na íntegra! Não estou falando de orelhada, que todo mundo sabe que sou louca mesmo e leio petições e votos na íntegra.
E desta vez Gilmar tb foi técnico, mas não somente.
Teria que cassar a chapa Dilma Temer, ora essa. Também achei isso, mas vão me desculpando, se era para cassar esta chapa era para ter feito isso no máximo uns 3 meses depois da inicial. Teve o impeachment e o relator - que agora posa de caça corruptos - não se manifestou! Ah, Brasil...
E quem vai ficar no lugar de Temer? Rodrigo Maia comandando eleições indiretas? E quem será eleito por este congresso? Temos alguém, neste momento? Eu até acho que poderia ser FHC ou José Serra. Mas já imaginaram a gritaria? E acham mesmo que escolheriam algum notável?
Será que estas eleições indiretas (diretas, não, né gente? Diretas-já é uma bobagem de gente que quer só a gritaria. E não vai rolar, é inconstitucional, etc) e iria iria arrastar essa crise e e clima de indecisão que servirá apenas aos especuladores financeiros - costumam LUCRAR muito com a crise. E quem perde? Classe média (existe ainda?) e os pobres.
Gilmar também fez algo que a lei também aconselha: In dubio pro reo. Gilmar aliás, só precisaria votar para desempatar. E, reitero, no desempate, pro réu. Mas, no fundo Gilmar Mendes fez o que muita gente de bom senso faria: optou pelo MAL MENOR.
A gente tem que lembrar que QUEM DESTRUIU O BRASIL, deixou tudo assim, como está, FOI O PETISMO, LULA, DILMA, sua corrupção institucionalizada e praticada em escala jamais vista. E entre a HERANÇA MALDITA desse grupo inominável, o velho PMDB com seu fisiologismo. Ficasse no fisiologismo, tudo bem. Mas está ligado ao PT como "o verme à podridão" e praticou o que nos enoja a todos. Sim, nos enoja.
Temer compõe esse grupo que nos enoja. Mas ao menos é moderado. E são os moderados que salvam o país, já que os moderados costumam conduzir reformas. Os radicais já partem para a destruição e porrada. Sejam de direita. Sejam de esquerda.
Sigamos. E que este "mal menor" seja de fato menor. Para isso, claro, devemos observar todos os políticos, todos os ministros, todo o JUDICIÁRIO que está querendo mandar no Brasil. Mas não pode. São 3 poderes. E nenhum deve se sobrepor ao outro. Assim é a república. Assim deve ser nossa democracia.
#ficatemer. #discordopontocom.

"verme à podridão", expressão de Guerra Junqueiro em Caridade e Justiça, poema do livro A Velhice do Padre Eterno.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Os dias eram assim, ou, não, os dias não eram assim.


Que preguiça a série da Globo "Assim eram os dias". Começa com o personagem cantando Deus lhe Pague quase dois anos antes dela ser composta, até colocar os cenários dos escritórios brasileiros imitando sofisticadas séries inglesas e as casas com leve aspecto vintage, como manda certa estética presente. Pesquisar revistas de decoração da época jamais seria suficiente para orientar um cenógrafo. Poderiam pesquisar as próprias novelas da rede Globo que embora não revelassem a verdadeira casa brasileira ao menos não lhe emprestaria a sofisticação apresentada na série. Não, não tínhamos aquelas casas, aquelas lojas, a utilização daqueles designers vanguardistas.
A ficção não se presta ao realismo, mas reconstituição de épocas não prescinde desse rigor, não deve ofender a realidade. Um exemplo da irresponsabilidade da pesquisa histórica - o diabo também está nos detalhes - foi inventar batons vermelhos para filhinha contestadora. As contestadoras dessa geração eram aquelas que saiam de cara-lavada, rabo de cavalo, ofendendo o padrão de beleza das mocinhas de família com vestidinhos bordados e batons cor de rosa. O batom, aliás, nesses anos de estética frágil e flutuante, foi banido. A indústria cosmética demorou muito para perceber a importância deste produto em seu faturamento. Depois surge nas ruas, um jovem pichando Abaixo a Ditadura usando um impensável moleton com improvável mochila nas costas. Isso sem considerar as calças de brim largonas - ou eram apertadérrimas (cafona, digamos assim) ou bocas de sino. Ah, em tempo: as pichações Abaixo a Ditadura foram muito comuns dois anos antes. Em 1970 havia um clima de mordaça de outra natureza e não mais as grandes passeatas e correria pelas ruas, menos ainda longos tiroteios que serviram de trilha sonora para o beijo do casal central.
E o máximo que podemos condenscender em relação à bomba caseira atirada no saguão de um edifício no centro da cidade é que tenha sido uma uma alusão ao Orlando Lovecchio. Mas duvido, pois esse jovem que foi vítima, em plena Avenida Paulista, de um atentado a bomba praticado pela guerrilha que atuava contra o regime militar no Brasil, em 1968, ou seja, vítima dos heróis que talvez sejam enaltecidos na série.
Também não é plausível "inaugurar" uma placa Brasil, ame-o ou deixe-o" slogan da era Médice que surgiu aos poucos, como adesivos para carros, penetrando sorrateiramente na mente dos incautos brasileiros que precisavam mesmo é ralar para fazer frente a inflação que os ameaçava com a crise do petróleo. Os cenários e figurinos são vergonhosamente anacrônicos. Só faltou a fotógrafa fazer um selfie da fuga.