segunda-feira, 31 de agosto de 2015

INTOLERANTES, AGORA SOMOS TODOS INTOLERANTES


Que me espanta, espanta, saber que ainda existem brasileiros defendendo Lula, Dilma, seus governos e seus aliados. Mas, mais ainda me espanta são  teses  estapafúrdias, às vezes ingênuas, tolas ou, pior, muitas vergonhosamente desonestas,  que lançam em defesa do que ai está posto e que afronta 90% dos brasileiros, sendo boazinha.
A mais surrada é a de Golpe. Mas esta, já era, nem é preciso mais desmontar, a tese apodreceu a fatos abertos. E só pra resumir: a legitimidade de um cargo eletivo não está apenas na sua eleição, pelo voto, mas no exercício do mandato. Pelo mesmo mecanismo que lhe confere o cargo, o diploma, é também possível cassa-lo: a lei, a Constituição. Portanto, não há golpe em curso.
Outra bobagem flagrante é que estão nas ruas a direita reacionária que quer a volta dos militares, ou a chamada elite branca com suas panelas gourmets (nem sei o que isso significa), nas varandas dos Jardins. Nem 0,5%  dos brasileiros dos grandes centros querem militares de volta. Essa inexpressiva parcela da população agora está levando seu recado para o mundo! Artificialidade e boçalidade dão por encerrada esta tese tosca.
E por ai vai, já que nenhuma prospera. O que ninguém observou claramente, é que quem vai às ruas é a classe média, a abominável classe média de Marilena Chauí (ela deve ter arrependimento mortal de sua fala, que enterrou sua fama de intelectual), quiçá boa parte da IMENSA classe média de Dilma (aquela que ganha de 700 a 1200 por mês).
Mas eu estou perplexa mesmo com a última tese, já presente na fala de alguns ministros. Eles não saem de uma entrevistinha qualquer sem lança-la: a tese da INTOLERÂNCIA. Lá vem o termo com jeitão de politicamente correto, com seus arautos posando, por cima, de democráticos, como se o termo fosse um valor em si. Pra variar um engano, outro.
Para começar TOLERAR  é um termo inequívoco e significa ter paciência, suportar com indulgência. Tolerar também carrega o significado de admitir, dar tácito consentimento.
Ora, como podemos suportar com indulgência? Ou ainda, dar tácito consentimento a tudo que assistimos, perplexos, todos os dias desde o MENSALÃO, há dez anos? Só há uma forma de dizer não a isso tudo. Indo às ruas. Nós, brasileiros não somos por essência, mas ESTAMOS INTOLERANTES, sim e desculpem a liberdade sintática. Mas, de fato, ESTAMOS INTOLERANTES.
Intolerantes com a corrupção claramente posta, mas que  não atinge seus mandatários;
Intolerantes com a crise econômica avassaladora  que é resultado exclusivo de uma política econômica irresponsável, equivocada e, ademais, recheada de mentiras;
Intolerantes com a quebra da PETROBRÁS e sua total desvalorização por ter sido simplesmente assaltada por uma quadrilha;
Intolerantes em ter clareza que esta quadrilha não é formada apenas por mega empresários, altos funcionários da estatal e políticos de segundo escalão e até mesmo do chamado baixo clero;
Intolerantes com o uso da máquina  pública para a perpetuação no poder com flagrantes efeitos nos resultados dos pleitos;
Intolerantes com os serviços de Saúde caóticos, hospitais sem leitos ou médicos desmentindo a publicidade escandalosa;
Intolerantes com  Programas de Saúde como o Mais Médicos que ainda expõe, ademais sua ineficiência,  a face criminosa de um Regime que fornece ao profissional (aqui o médico), apenas 20% do valor pago por seus serviços;
Intolerantes, de como  uma escandalosa contratação de Médicos permanece sem que nenhuma Instituição (como  Ministério Público ou a Ordem dos Advogados do Brasil) enfrente e desmantele;
Intolerantes com a Pátria Educadora que se firma na estrada a publicidade para enganar o povo e perpetuar a ignorância;
Intolerantes com o uso do dinheiro dos pagadores de impostos e que carrega a absurda proporção de 75% dos recursos sendo usados na MANUTENÇÃO DO ESTADO e Previdência Social e o restante para TODO o resto.
Intolerantes, aliás, com o tamanho do Estado que transformou o brasileiro em SERVO dos Senhores dos Castelos do Planalto Central, na reprodução perversa do sistema econômico medieval;
Intolerantes com a carga tributária que ainda pretende ser maior;
Intolerantes com o governo perdulário que torra o dinheiro dos pagadores de impostos na mais escandalosa e flagrante apropriação indébita.

Eis senhores Ministros, nossa intolerância, acrescentando aqui uma visceral intolerância ao PIXULECO.

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