sexta-feira, 22 de junho de 2012

SACOLINHAS PLÁSTICAS CONCORDAR DISCORDANDO...

Concordo com o óbvio, não quero nem pensar que alguém possa achar que estou sendo leviana ou, pior crime de hoje, ecologicamente irresponsável. Mas vamos ponderar alguns aspectos sobre a simples proibição das sacolinhas plásticas nos super-mercados?

Em primeiro lugar: como devemos embalar nosso lixo não reciclável, não orgânico e até mesmo o orgânico?

Em sacos plásticos, obviamente. Como é a coleta desse lixo nas portas de nossas casas?
Em sacos plásticos, naturalmente. Porém em sacos plásticos pagos por nós, comprados com margem de lucro, nas prateleiras dos supermercados.

A não ser que tenhamos outra forma de descarte de nosso lixo - e não embalado em sacos plásticos - não há o que argumentar os ambientalistas. Eles querem plásticos pretos ao invés de sacolas com logotipos, enchendo os lixões?

Teremos outro tipo de coleta? Locais para descartarmos nosso lixo sujo e que irá para aterros ditos sanitários?

Negativo: teremos que ensacar em sacos azuis ou pretos, À VENDA nos supermercados! Não teremos outra alternativa senão comprarmos sacos plásticos para nossos lixo, comprarmos sacolas retornáveis para nossas compras. E isso, considerando que não compramos em grandes quantidades, nos privando enormemente do custo de escala - que os supermercados conseguem em função do volume que costumeiramente comprarm.

Em suma, antes pagávamos baixo preços pelas sacolinhas (que, de algum modo, evidentemente os supermercados incluiam em seus "custos fixos", ou seja, não nos davam, pagávamos por eles. Agora teremos que comprar sacos para lixo que estarão em todas as prateleiras de todos os supermercados.

Ou seja: os supermercados agora não somente deixaram de comprar as sacolas, como agora nos vendem os sacos plásticos - COM LUCRO, claro.

Mais um ponto a ponderar: o problema não é o uso das sacolas, MAS SEU DESCARTE. Temos que aprender a descartar as sacolas plásticas, assim como aprendemos com as garrafas PET, latinhas de cerveja, embalagens longa vida e até papel.  Eu apoiaria abolir as sacolas plásticas do super mercado, mas apenas se forem abolidas, de toda e qualquer prateleira, a venda dos sacos para lixo de plástico. Sem esquecer um projeto - ainda que de longo prazo - de excluir todos os descartáveis plásticos das prateleiras - não há produto nessas prateleiras que não contenham o inominável plástico cujas indústrias geram impostos, divisas, empregos. Mais uma vez temos que considerar: precisamos cuidar do descarte.

E, enquanto a coleta de lixo aceitar aqueles sacos pretos ou azuis, DE PLÁSTICO, não vejo qualquer motivo para nos impedir de usar aquelas que carregamos nossas compras. Muitas empresas que fabricam tais sacolas vão ter que se reinventar (e o farão), muitos empregos serão extintos, por que vereadores metidos a ecológicos, resolveram atacar apenas uma parte de amplo problema e pior: atacaram o efeito e não a causa.

As sacolas plásticas deviam ser biodegradáveis e as grandes redes podem, perfeitamente, arcar com parte do preço do descarte do nosso lixo. Agora, convenhamos, o preço ficou para o consumidor. Pegue, pague.

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